sábado, 13 de março de 2010

Fico como uma carta que nunca vai chegar.
Justamente porque o destinatário e remetente não se conhecem, ou melhor desconhecem
a necessidade um do outro.
Quero um abraço apertado, quero sentir que o vazio foi preenchido.
Estou achando que isso é sintoma do tempo que para mim está estacionado.
A música já não supre, mesmo aquelas da lista que mais me lembram momentos preciosos.
Me sinto caixinha de música envelhecida. Aberta não mais por causa da melodia do amor, mas sim por vaidade, aberta para o outro se observar no espelho.
É recordo me que abraços não são promessas, tampouco sinal de compromisso.
Não quero dar o braço a torcer, que às vezes fico com água na boca na espera de você.
Não sei contar às vezes em que me pertubo com seu perfume porque parece que
penetra em cada pensamento e célula do ser.
Saber o que acontece não sei. Alguém tá estranho. SEu cabelo tá estranho.
EU estou quieta. Minhas palavras estão quietas. Minhas mãos mudas.
E meu coração é o único que eu insisto em calar.
Não adianta, porque ele ainda é capaz de sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário